DEDICAÇÃO EXPROBRADA
Eis suspirando um poeta um pouco aflito,
Porque a musa o seduz, o sonda e chama,
Como ao algodão faz - quando ele em rama,
(Com seu próprio zunzum) vespa ou mosquito.
E se já no poeta, acham esquisito,
Que ele aluda à volátil senhorama,
P'ra mais, de meio louco, dão-lhe a fama,
Quase lhe vendo a arte, por delito...
Sorte a sua, não ser senso geral,
Uma tal conceção, castigo ou multa,
Sob o seu alter-ego e pundonor;
Porque usufrui, do apoio crucial,
Da parte que p’rà glória o catapulta,
E que lhe faz de escudo protector!
Eis suspirando um poeta um pouco aflito,
Porque a musa o seduz, o sonda e chama,
Como ao algodão faz - quando ele em rama,
(Com seu próprio zunzum) vespa ou mosquito.
E se já no poeta, acham esquisito,
Que ele aluda à volátil senhorama,
P'ra mais, de meio louco, dão-lhe a fama,
Quase lhe vendo a arte, por delito...
Sorte a sua, não ser senso geral,
Uma tal conceção, castigo ou multa,
Sob o seu alter-ego e pundonor;
Porque usufrui, do apoio crucial,
Da parte que p’rà glória o catapulta,
E que lhe faz de escudo protector!
2009
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