1983
Trata-se dum blogue pessoal, com cultura versátil, e que por inserir em si a componente artística, o seu nome tem implicada a palavra arte.(samy-art) É que além de poesia, engloba rubricas de: pintura, escultura, artesanato, colagem - entre outras. Um blogue com tais características, incentivou-me a um pano de fundo, o mais simples possível e que acreditei pleno de lógica.Deixo assim patente, à análise do leitor, parte de meu fruto de muitos anos de dedicação. A autora - Maria do Sameiro Matos
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
RELAÇÃO SEM GARANTE- Do livro: ( a editar) "PROPENSÕES MUSAIS"
RELAÇÃO SEM GARANTE
I
Naquela relação, sem ter garante
Que convencionalismo em si respira;
Mesmo para ninguém sendo intrigante
Vivência assim a dois, em cada instante
Se acaso expressa paz… é de mentira.
E nem bom calculismo em liderança,
Aliado a conforto inusitado
Pouparão ao carcoma, essa aliança…
II
Se há quem evite a crise furibunda
Com recato - se em sorte ele lhe chove,
Há quem, o cruzar braços, lhe redunda
Na dita má rotina, e que - profunda -
A praga do adultério, então promove.
E perante um divórcio em iminência
Mau é, quando o traído a ideia afasta,
Apenas p’lo factor conveniência…
2010
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
VIDA A DOIS - ( ENTRE SEXTA E SÁBADO - 2011/02/25 ) Do livro: (a editar)"DEAMBULANDO POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"
VIDA A DOIS
Nem com cumplicidade harmonizante,
Ninguém é de ninguém, propriedade;
Ninguém é de um amigo ou de um amante:
Mas sim , é quem manda em sua vontade.
Que em vez duma atitude dominante,
Revele-se o bom senso e hombridade.
Se a inarmonia a dois se processar,
Num ódio, tão austero, quão sincero,
Melhor será, no laço um desatar,
E tudo regressar, à estaca zero.
- Que nas resoluções, um adiar,
Pode agravar um clima - já austero... -
Por verdadeiro afeto que se encene
Num passional e empático discurso,
Poucos crêem, o amor, graça perene,
Achando o endeusá-la, mau recurso;
Antes, que orre em veias e é um “gene”,
Espalhando ilusão, no seu percurso…
2008
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O RESOLUTO - Do livro (a editar) "RELANCES DUM OLHAR"
O RESOLUTO
Uma rotina já, de puído alcance
Chegava a provocar-lhe, até insónia;
E - crendo ao coração doar nuance -
De mente fria, lá engendrou lance,
Fruto de conclusão, assaz idónea.
O seu repto, foi: diálogo bem franco,
Sobre harmonia, a dois, vero ciclone;
E após ter de coragem, bom arranco,
Tratou de por o preto, sobre o branco
Cara a cara - sem ser p’lo telefone…
Fim dessa relação, de aquem do topo
- Num rasgo mais de ordeiro que de vândalo,
De um resoluto, quão cônscio estratega -
Era o final da volúpia - de uma entrega -
Com toda a hombridade e não escândalo! …
Uma rotina já, de puído alcance
Chegava a provocar-lhe, até insónia;
E - crendo ao coração doar nuance -
De mente fria, lá engendrou lance,
Fruto de conclusão, assaz idónea.
O seu repto, foi: diálogo bem franco,
Sobre harmonia, a dois, vero ciclone;
E após ter de coragem, bom arranco,
Tratou de por o preto, sobre o branco
Cara a cara - sem ser p’lo telefone…
Fim dessa relação, de aquem do topo
- Num rasgo mais de ordeiro que de vândalo,
De um resoluto, quão cônscio estratega -
Era o final da volúpia - de uma entrega -
Com toda a hombridade e não escândalo! …
2010/05/05
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
A VITÓRIA DUM NOVO ESTADISTA MAIOR - (O POEMA DA SEMANA - 2011/02/23) Do livro: ( a editar) " RELANCES DUM OLHAR"
A VITÓRIA DUM NOVO ESTADISTA MAIOR
Num próprio auto-domínio em bom estilo,
Calou seu coração, dado ao tropel;
E em comícios, teimou repeti-lo,
Que jamais um portão iria abri-lo:
Esse da obscura, Torre de Babel...
E se de assinaturas, o caudal,
Extravasou em muito a expectativa,
Fá-lo-ia, então na urna, triunfal!
Logo, sem ter de dúvida, um bacilo,
– No preambular assim, de seu papel –
Antes um inquietar, tipo tranquilo:
De ir cumprir o total do codicilo,
Sempre ao seu juramento, bem fiel.
– Nesses quatro anos, jus a ser eleito –
Cabalmente, dera conta do mandato!
2010
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
O EDIFICANTE - Do livro: (a editar) "PROPENSÕES MUSAIS"
O “EDIFICANTE”
Com bem própria postura e bem adulta
tem um saber geral, deveras gordo!
E sempre opina entrada em pleno acordo,
Se é que alguém, uma ofensa, não indulta;
Consegue bem pesar viabilidade,
Perante realidade subjectiva;
E sem impertinência combativa
Mantém-se unido à liberalidade!
Se incapaz de fazer falsa lisonja
Também não deita “ achas à fogueira”
Antes refreia, a gana desordeira
E nos seus próprios ódios, passa esponja…
Com bem própria postura e bem adulta
tem um saber geral, deveras gordo!
E sempre opina entrada em pleno acordo,
Se é que alguém, uma ofensa, não indulta;
Consegue bem pesar viabilidade,
Perante realidade subjectiva;
E sem impertinência combativa
Mantém-se unido à liberalidade!
Se incapaz de fazer falsa lisonja
Também não deita “ achas à fogueira”
Antes refreia, a gana desordeira
E nos seus próprios ódios, passa esponja…
2009
domingo, 20 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
MILITE EM CAUSA ALHEIA ( ENTRE SEXTA E SÁBADO-2011/02/18 ) Do livro: (a editar) "RELANCES DUM OLHAR"
MILITE EM CAUSA ALHEIA
I
Sem de elogio algum, manter intento,
E vendo alheia causa, em sua pele,
Propõe-se a inter-ajuda, a cem por cento.
E sem de insígnias, febre que revele,
- Antes se lhe afirmando mesmo estanque-
Mantém o épico instinto, que o impele.
Não teme haver um risco, que o desanque,
E reforça os seus credos - de granito,
P’ra quando na investida, dê arranque
II
De cabeça assim fria, em pré-conflito,
Porém crendo o arsenal, como que traça,
cansando em bom tecido, um grão delito...
Calar-se? Só á custa de mordaça,
E o sistema que usa em liça enfadonha
É um ecoar de voz, por sobre a praça!..
Sabendo ouvir também – por corte à ronha,
Já que crê o confronto um “ bico-de-obra” –
Mas sem que hesite ou arbítrios seus, deponha.
Ante as armas por terra - em sã manobra,
E de guerra o estatuto, ver no entulho,
Seu coração, é ledo sino e “dobra”!
III
E avesso à impostura ou manso arrulho,
Honra as causas, a justo pragmatismo;
Sem jamais prescindir, do próprio orgulho,
De agente principal - sem vedetismo!
I
Sem de elogio algum, manter intento,
E vendo alheia causa, em sua pele,
Propõe-se a inter-ajuda, a cem por cento.
E sem de insígnias, febre que revele,
- Antes se lhe afirmando mesmo estanque-
Mantém o épico instinto, que o impele.
Não teme haver um risco, que o desanque,
E reforça os seus credos - de granito,
P’ra quando na investida, dê arranque
II
De cabeça assim fria, em pré-conflito,
Porém crendo o arsenal, como que traça,
cansando em bom tecido, um grão delito...
Calar-se? Só á custa de mordaça,
E o sistema que usa em liça enfadonha
É um ecoar de voz, por sobre a praça!..
Sabendo ouvir também – por corte à ronha,
Já que crê o confronto um “ bico-de-obra” –
Mas sem que hesite ou arbítrios seus, deponha.
Ante as armas por terra - em sã manobra,
E de guerra o estatuto, ver no entulho,
Seu coração, é ledo sino e “dobra”!
III
E avesso à impostura ou manso arrulho,
Honra as causas, a justo pragmatismo;
Sem jamais prescindir, do próprio orgulho,
De agente principal - sem vedetismo!
2009
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
PROLETÁRIO POR CONTA PRÓPRIA- Do livro: (a editar)" PROPENSÕES MUSAIS"
PROLETÁRIO POR CONTA-PRÓPRIA
Quer muito vocifere ou mesmo clame,
Que exaltação por vezes, se lhe aflore,
Evita em clube algum, fazer liame,
E só da consciência indo em exame,
Nem que a censura, alheia o desafore…
(Atrás da orelha a tal pulga intuitiva…
Que apuros ou obséquios, lhe projeta;
E por essa assim firme prerrogativa,
Em sua sua independente diretiva
Somente ele se autoriza ou manieta.)
Portanto, isento de quem o modelize,
Quem lhe inflija grilhão jugo, ou mandato;
E quando numa queda ou em deslize
Não tem um diretor que o moralize,
Nem contas prestará, ao patronato.
2010
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
O COMEDIDO CULTOR ( O POEMA DA SEMANA -2211/02/16 ) Do livro: (a editar)"PROPENSÕES MUSAIS"
O COMEDIDO CULTOR
Devotado a estudar mística “chapa”,
Em princípio, atende à proveniência;
E vai por escaninhos, como em mapa,
Sem optar, por atalhos à socapa,
Mas só entre trâmites da ciência.
E em vista de sucesso e sã ventura,
Lá arregaça as mangas, otimista,
Sem cantos de vitória, prematura.
E vencido o seu próprio auto-letígio,
De cortado o marasmo pela base,
Desde então, do sucesso, um tal prestígio
Não lhe põe de vaidade, um só vestígio,
Nem que batida fosse uma má fase…
E (o muito...) em solidão, contemplativa,
O cultor – comedido e com ar sério
Chama à vida, de: Bela fugitiva!...
2010
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
DIA DE SÃO VALENTIM - Do livro: (a editar)"RELANCES DUM OLHAR"
DIA DE SÃO VALENTIM
Enquanto mil casais de enamorados,
Trocam ternuras - glosam lindo mote,
Gente há, sem um cupido, que se dote,
De lhe dar uma flor ou seus cuidados...
De lhe falar, de sonhos suspirados,
Correndo-lhe a solidão, a archote,
P'ra com projetos,de um idóneo lote,
Provocar-lhe sorrisos, motivados!
Solidão, é mazela para a memória,...
Acanto-mor de tanto folhetim,
Velado a liberdade, sem ter gloria;
E tnto ser humano em vida assim
Crê ter airoso rumo, a sua história,
No apelo ao dom, do Santo Valentim!
Enquanto mil casais de enamorados,
Trocam ternuras - glosam lindo mote,
Gente há, sem um cupido, que se dote,
De lhe dar uma flor ou seus cuidados...
De lhe falar, de sonhos suspirados,
Correndo-lhe a solidão, a archote,
P'ra com projetos,de um idóneo lote,
Provocar-lhe sorrisos, motivados!
Solidão, é mazela para a memória,...
Acanto-mor de tanto folhetim,
Velado a liberdade, sem ter gloria;
E tnto ser humano em vida assim
Crê ter airoso rumo, a sua história,
No apelo ao dom, do Santo Valentim!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
CONCEÇÕES DE RAZÃO- (ENTRE SEXTA E SÁBADO - 2011/02/11) Do livro: ( a editar) "RELANCES DUM OLHAR"
CONCEÇÕES DE RAZÃO
No cosmos há, alguma boa gente,
Que se mostra, ao platónico algo céptica,
Porém ao luxurioso, muito crente.
Vendo, a mais comodismo, do que estética,
Todo o restante ustir, dito terrestre,
dispensando a tend~encia mais ecléctica.
Gente, sem ter saídas de grão-mestre,
Que no “cavalo alado”, não cavalga,
Mas só no que é palpável – dito equestre.
Que sempre leva vinho à boca, em malga,
Exige guardanapos, sempre em pano,
E carne da caseira, posta em salga.
Que crê, que além de um hábito, bem sano,
Apenas os bochechos de borato,
Travarão às gengivas qualquer dano.
Gente, que quase faz auto-contrato,
De não evitar espirro nem bocejo,
Entre um ou outro mais, tender inato...
Como esse, de que não perde traquejo,
E de ninguém conseguir que se afoite:
De sempre que no quarto, houver desejo,
À mesinha ir buscar, vaso de noite.
2009
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
DOMÍNIOS - Do livro: ( a editar) "DEAMBULANDO, POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"
DOMÍNIOS…
Do coração, a mente, não aguenta,
Seu persistir, em nela ter domínio;
mas logo ela lhe exige-lhe o extermínio,
De certas emoções, que ele exp’rimenta...
- Mercê de ver, sombrio vaticínio,
Na sua cerebral massa cinzenta. -
E além de ser que nem câmara oculta,
Que dele grava, o feio e o bonito,
Também deslinda assunto e cria mito,
E torna criatura, em lerda ou culta.
- P’ra mais, às vezes causa ou trata atrito,
Sem mesmo ao coração fazer, consulta... -
2009
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
UM RISCO, COM NOME PRÓPRIO - ( O POEMA DA SEMANA -2011/02/09)Do livro: ( a editar) "PROPENSÕES MUSAIS"
UM RISCO COM NOME PRÓPRIO…
Convém ser parte-a-parte previdente,
Que a relação a-dois é mesmo assim:
O amor é como salto em trampolim,
E o ciúme, é-lhe um risco consequente…
Nasce de um duvidar – que não branda –
Que abala o coração ou faz par’cer,
Um canguru, aos saltos a correr,
Ou desassossegado esquilo ou panda…
E não será melhor, visto à suspeita,
O par em causa, usar de um são civismo
– E com a rapidez de um cataclismo –
Tratar a insídia - e mais como maleita?
Dando à relação mais empenhamento,
Em vez de achá-la coisa p’ra sucata;
Ou fazê-la estourar – que nem barata,
Num repentino rasgo de um momento?!
2009
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
DUM MAIS E DUM MENOS - Do livro: (a editar) "DEAMBULANDO, POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"
DUM MAIS E DUM MENOS
Poderá dar prazer um sacrifício,
Ou então fazê-lo, quase magoa;
Por vezes o carpir é desperdício,
Outras vezes é coisa mesmo boa;
- Custoso ou prazeroso o exercício,
Dependendo da causa ou da pessoa. -
Quase se cai, às vezes, com a cruz,
Com mágoa de negrura, bem retinta;
Outras vezes, de mazela com pus,
“Bílis” martirizante, asinha extinta!
- De importe como aos meios, se faz jus
E em que cor a coragem, alguém pinta. -
Poderá dar prazer um sacrifício,
Ou então fazê-lo, quase magoa;
Por vezes o carpir é desperdício,
Outras vezes é coisa mesmo boa;
- Custoso ou prazeroso o exercício,
Dependendo da causa ou da pessoa. -
Quase se cai, às vezes, com a cruz,
Com mágoa de negrura, bem retinta;
Outras vezes, de mazela com pus,
“Bílis” martirizante, asinha extinta!
- De importe como aos meios, se faz jus
E em que cor a coragem, alguém pinta. -
2009
domingo, 6 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
FEVEREIRO ( ENTRE SEXTA E SÁBADO - 2011/02/04 ) Do livro: (já editado ) "ESTRO DE MULHER
FEVEREIRO
O vento frio do Fevereiro,
Gosta de, com árvores brincar…
E com o seu peculiar modo,
Esse vento, deveras matreiro,
Obriga as árvores a dançar,
Depois de as ter despido, de todo….
Quer a árvore nova, quer a velha,
Não arranjam outra solução,
E (ao ritmo desse vento a zumbir)
Uma esperta, mas outra azelha,
Dançam o vira e depois malhão,
P’ra logo ser a valsa a seguir!
E há um passarinho, sem contento,
Que está num galho, muito encolhido,
Piando, sem alguém que o ajude,
É que a música e o frio do vento,
O tornam tão triste e espavorido,
Que, em seu pio, chama à sorte: rude…
Então para cura de seu tormento,
Procura sítio bem perto – ao lado –
Noutra árvore qualquer, mais segura;
Porque um drama, ele vive co’o vento,
E sabe que um voo demorado,
Tornará maior, sua amargura…
Mas se em Fevereiro, o sol sorrir,
E ao lado, um arco-íris radiante,
Entre nuvens de melancolia…
A algo belo, estamos a assistir,
E que a natureza nos garante,
Ser desprovido de fantasia!....
PAUSA
O vento frio do Fevereiro,
Gosta de, com árvores brincar…
E com o seu peculiar modo,
Esse vento, deveras matreiro,
Obriga as árvores a dançar,
Depois de as ter despido, de todo….
Quer a árvore nova, quer a velha,
Não arranjam outra solução,
E (ao ritmo desse vento a zumbir)
Uma esperta, mas outra azelha,
Dançam o vira e depois malhão,
P’ra logo ser a valsa a seguir!
E há um passarinho, sem contento,
Que está num galho, muito encolhido,
Piando, sem alguém que o ajude,
É que a música e o frio do vento,
O tornam tão triste e espavorido,
Que, em seu pio, chama à sorte: rude…
Então para cura de seu tormento,
Procura sítio bem perto – ao lado –
Noutra árvore qualquer, mais segura;
Porque um drama, ele vive co’o vento,
E sabe que um voo demorado,
Tornará maior, sua amargura…
Mas se em Fevereiro, o sol sorrir,
E ao lado, um arco-íris radiante,
Entre nuvens de melancolia…
A algo belo, estamos a assistir,
E que a natureza nos garante,
Ser desprovido de fantasia!....
PAUSA
FEVEREIRO ( Continuação)
E ante tal métrica, com rigor,
(Desse arco-íris tão belo e risonho)
E co’as cores que Deus escolheu,
Se inspirará poeta ou pintor,
Adorando, essa visão de sonho!
Esse “abraço”, tão aberto, ao céu!
“Abraço”, que dará outro espanto,
Àquele amante do soalheiro,
Que não seja sagaz previdente:
Sentirá, enorme desencanto,
Vendo cair em si um chuveiro,
E o desiludindo certamente…
Mas, neste mês, são bem desejadas,
Fartas e persistentes chuvinhas,
Porque trazem, benfazejos fins:
As medranças, serão comprovadas,
Nos campos, nos pomares e vinhas,
Nos quintais, relvados e jardins!
Irão depois colheitas ser fartas,
Devido a esse tão rico alimento;
Alimento, que é amor e ternura,
Tornando-nos criaturas gratas
Perante o enorme contentamento,
De vermos nos celeiros fartura!
Não esqueceremos o Fevereiro,
E – com grande reconhecimento –
Ao Céu, daremos nosso louvor;
Chamando a esse mês o mensageiro,
É que as chuvas, com o seu evento,
Foram do Pai, só provas de amor!
1974
FIM
(Desse arco-íris tão belo e risonho)
E co’as cores que Deus escolheu,
Se inspirará poeta ou pintor,
Adorando, essa visão de sonho!
Esse “abraço”, tão aberto, ao céu!
“Abraço”, que dará outro espanto,
Àquele amante do soalheiro,
Que não seja sagaz previdente:
Sentirá, enorme desencanto,
Vendo cair em si um chuveiro,
E o desiludindo certamente…
Mas, neste mês, são bem desejadas,
Fartas e persistentes chuvinhas,
Porque trazem, benfazejos fins:
As medranças, serão comprovadas,
Nos campos, nos pomares e vinhas,
Nos quintais, relvados e jardins!
Irão depois colheitas ser fartas,
Devido a esse tão rico alimento;
Alimento, que é amor e ternura,
Tornando-nos criaturas gratas
Perante o enorme contentamento,
De vermos nos celeiros fartura!
Não esqueceremos o Fevereiro,
E – com grande reconhecimento –
Ao Céu, daremos nosso louvor;
Chamando a esse mês o mensageiro,
É que as chuvas, com o seu evento,
Foram do Pai, só provas de amor!
1974
FIM
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
EMPATIA - Do livro: (a editar) "DEAMBULANDO, POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"
EMPATIA
- Se bom entendimento a fomentar -
Logo que da empatia, surja o clique,
É como água, que não esbarra em dique,
Sem ter de cepticismo um esquentar.
- Sem ter contradição, que a marque ou pique;
Canta água em verde vale, a bom cantar! -
Tal canto em plenitude, pr matriz,
Que deixa desancada a solidão,
E o marasmo afugenta a abanão,
Harmónicos ensejos, bem prediz!
- Grande triunfo sobre a depressão,
E co’a mais natural medicatriz! -
- Se bom entendimento a fomentar -
Logo que da empatia, surja o clique,
É como água, que não esbarra em dique,
Sem ter de cepticismo um esquentar.
- Sem ter contradição, que a marque ou pique;
Canta água em verde vale, a bom cantar! -
Tal canto em plenitude, pr matriz,
Que deixa desancada a solidão,
E o marasmo afugenta a abanão,
Harmónicos ensejos, bem prediz!
- Grande triunfo sobre a depressão,
E co’a mais natural medicatriz! -
2009
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
DO ÚTIL AO PROLIXO - (O POEMA DA SEMANA-20011/02/02) Do livro: (a editar) "DEAMBULANDO POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"
DO ÚTIL AO PROLIXO
Todo o instinto versátil, humano,
De ecletismo, formal ou informal,
É um grupo de rios, que o caudal,
Num todo, formará, grande oceano.
E sempre lança à margem, o insano:
Todo o papel prolixo papel, e mau cristal…
Sem tolerar jamais pseudo-missal,
Nem véu algum, armado em puritano.
Maus papiros, e puída farrapada,
Cacaria e enfim a – enfim entulhada,
Tapariam das algas, dons à vista;
E eles são: sãs ações e bons intentos,
(Do instinto humano, um mau de portentos)
O cerne do genuíno epicurista!
Todo o instinto versátil, humano,
De ecletismo, formal ou informal,
É um grupo de rios, que o caudal,
Num todo, formará, grande oceano.
E sempre lança à margem, o insano:
Todo o papel prolixo papel, e mau cristal…
Sem tolerar jamais pseudo-missal,
Nem véu algum, armado em puritano.
Maus papiros, e puída farrapada,
Cacaria e enfim a – enfim entulhada,
Tapariam das algas, dons à vista;
E eles são: sãs ações e bons intentos,
(Do instinto humano, um mau de portentos)
O cerne do genuíno epicurista!
2009
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
BOM SENSO - Do livro: (a editar) "DEAMBULANDO, POR CAMPOS BIOGRÁFICOS"
BOM SENSO
Quando a rotina torna em frenesim ,
Intentos do cupido - ainda morno,
Por vezes o bom senso, por contorno,
Pode ser como “pó- perlimpimpim”.
E sem haver no peito, um grão-festim,
Já que o deslumbre, não terá retorno,
Da rutura, (aldemenos) o transtorno,
Há quem o evite, se ao colóquio a fim.
Mas há muita união, em “negra espuma”,
Que entre raivosa luta e mau presságio,
Em vez de repensar, malas arruma…
Crendo mesmo o divórcio um apanágio,
E sem que a pena, pese coisa alguma,
De um adeus, dos do mais místico estágio...
2009
Quando a rotina torna em frenesim ,
Intentos do cupido - ainda morno,
Por vezes o bom senso, por contorno,
Pode ser como “pó- perlimpimpim”.
E sem haver no peito, um grão-festim,
Já que o deslumbre, não terá retorno,
Da rutura, (aldemenos) o transtorno,
Há quem o evite, se ao colóquio a fim.
Mas há muita união, em “negra espuma”,
Que entre raivosa luta e mau presságio,
Em vez de repensar, malas arruma…
Crendo mesmo o divórcio um apanágio,
E sem que a pena, pese coisa alguma,
De um adeus, dos do mais místico estágio...
2009
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