terça-feira, 1 de junho de 2010

APÓS UM SOALHEIRO JUNHO, ASSENTE - Do livro: (a editar)" PROPENSÕES MUSAIS"

APÓS UM SOALHEIRO JUNHO, ASSENTE


Com ode, em si, tão própria, quã castiça,
Lá entoa, a cigarra, o grilo e o ralo;
No quintal ou no campo, é um regalo,
Ouvi-los, entre a erva e a hortaliça!

Sob pena, que a formiga metediça,
Possa a um dos cantantes, agoirá-lo,
E de seu próprio voto, criticá-lo
Do exagerado gosto pela preguiça.

Bem a par, existe outro “quadro” vivo,
Que mostra escaravelho mais joaninha
Esburacando a folha, ao batatal;

De seu conluio assim, quase lascivo,
Todo o senso comum, sempre adivinha
Que a bem não sairão; somente a mal...

2010

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