sábado, 26 de junho de 2010

ODETE - A CABELEIREIRA - Do livro: (a editar)" RELANCES DUM OLHAR"

ODETE – A CABELEIREIRA


Seu aspeto, fazia-nos  dizer:
– Ai santo Deus, como ela está magrinha;
Não admira, que sofre coitadinha
Seu real sofrer, dá p'ra ver...

Sua própria vontade viver
Par'cia  mesmo estar por uma linha;
Em que a criatividade que mantinha,
Se lhe notava apenas por dever...

E a cismar pelos cantos do salão,
Causava nas clientes a impressão
De ser bem séria sua enfermidade;

Até que em pouco tempo, falecia,
E da jovem viúva, se dizia
 De morte já prevista - por saudade - .

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