sexta-feira, 2 de julho de 2010

TRÊS DEDINHOS DE CONVERSA


Estimado leitor

Por altura do centenário da morte do escritor de Ceide (1890 - 1990) por nada perderia a oportunidade de poder adquirir, algumas etiquetas e carimbos do correio, referentes ao facto.
Instintivamente subentendia, que seriam o ponto de partida, dum género de preito, que eu iria fazer a esse grande homem das letras, que além de romancista, foi também poeta - Camilo Castelo Branco.
Após ter colado em folhas de meu livro de manuscritos, essas pequenas e rectangulares etiquetas de papel (enquanto depois acima delas um funcionário da PT local, colocava a meu pedido, um carimbo, inerente ao acontecimento) o mesmo fiz em folhas A-4. Iria deixar depois nesse livro de manuscritos e folhas para máquina, então o meu sentido preito a Camilo, na forma de poesia.
Do intento, resultaram-me seis poemas, tipo soneto, com a particularidade duma liberta metrificação.
Embora tendo feito, mais tarde, o sétimo soneto, resultando-me em feliz evento, não tive à minha mercê, as tais etiquetas de papel; e o carimbo estava arquivado em Lisboa.
Mesmo por certo, de escrita sentidamente cativante como a dos precedentes, acabei contudo por considerá-lo um pouco limitado - mais pobre em relação aos seis, por não ter a etiqueta nem o carimbo.
Hoje, bem tentei então colocar cópias da original meia dúzia, no blogue, mas logo a letra se me evidenciou de tal maneira minúscula, que não fui capaz de ler algo, por mais que tentasse, concluindo de facto, que não existe grande empatia entre o computador e a escrita à máquina.
Portanto, optei por publicar aqui tais escritos, que escrevera então à mão e à máquina, há vinte anos, mas em woord e com as respectivas etiquetas e carimbos na forma de cópia.
Termino interrogando-me: E esses meus originais, serão relíquias, ou nem tanto?

A autora

Maria do Sameiro

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