A REVIRAVOLTA DUMA DONZELA
Permitiu-se a sonhar um bocado
E de um ronto-a-vestir, olhou vitrina;
Só que a mesma, num ar, dobrou esquina
Crendo esse seu olhar, já um pecado.
De uma intenção passou à execução
E à própria economia, encetou rumo,
Renegando o imódico consumo
Com uso de mais carga de razão
Deixou de acreditar, abonatório
O tipo de marca, em mercadoria;
Que com isso não mais se iludiria,
Quer em roupagem, quer em acessório
Para mais: do alfaiate ou costureira
O atraso nunca mais a enervaria –
Que cada corporal curva, honraria
Com pronto-a-vestir sim; porém de feira.
2009
Permitiu-se a sonhar um bocado
E de um ronto-a-vestir, olhou vitrina;
Só que a mesma, num ar, dobrou esquina
Crendo esse seu olhar, já um pecado.
De uma intenção passou à execução
E à própria economia, encetou rumo,
Renegando o imódico consumo
Com uso de mais carga de razão
Deixou de acreditar, abonatório
O tipo de marca, em mercadoria;
Que com isso não mais se iludiria,
Quer em roupagem, quer em acessório
Para mais: do alfaiate ou costureira
O atraso nunca mais a enervaria –
Que cada corporal curva, honraria
Com pronto-a-vestir sim; porém de feira.
2009
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