sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

É na verdade, boa mestra de bondade,
Aquela que gosta de nos tecer louvores:
Quando afugentamos sombras de tentação,
Ou dominamos as fúrias e os rancores,
Dá-nos a paz de espírito, por galardão.

E abre-nos as portas, à criatividade,
Incute-nos capricho e autoconfiança;
Lembra-nos que temos o ganhar e o perder,
Transforma o nosso desânimo, em esperança,
De no amanhã, conhecermos o renascer.

Todavia, é também à vida, que devemos,
O nosso orgulho, tantas vezes descabido,
As maldades e as injustiças, que nos fazem;
Num belo sonho, um “acordar”, desiludido,
E a dor, pelos nossos parentes que então jazem.

Toda a nossa revolta, nossa ira e fel ,
A nossa frustração, pranto e padecimento;
Horas de tédio, insucesso e nostalgia,
A doença, o gradual envelhecimento,
E morte, como destino, para algum dia...

Por isso, sendo assim mesmo o nosso viver,
Um misto de chôro, lamento e dor sentida,
Com riso, dita e prazer em magnificência,
No final, ficaremos a dever à vida:
O nosso calo, duma grande experiência!

FIM

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