CONCEÇÕES DE RAZÃO
No cosmos há, alguma boa gente,
Que se mostra, ao platónico algo céptica,
Porém ao luxurioso, muito crente.
Vendo, a mais comodismo, do que estética,
Todo o restante ustir, dito terrestre,
dispensando a tend~encia mais ecléctica.
Gente, sem ter saídas de grão-mestre,
Que no “cavalo alado”, não cavalga,
Mas só no que é palpável – dito equestre.
Que sempre leva vinho à boca, em malga,
Exige guardanapos, sempre em pano,
E carne da caseira, posta em salga.
Que crê, que além de um hábito, bem sano,
Apenas os bochechos de borato,
Travarão às gengivas qualquer dano.
Gente, que quase faz auto-contrato,
De não evitar espirro nem bocejo,
Entre um ou outro mais, tender inato...
Como esse, de que não perde traquejo,
E de ninguém conseguir que se afoite:
De sempre que no quarto, houver desejo,
À mesinha ir buscar, vaso de noite.
2009
Sem comentários:
Enviar um comentário