VIDA A DOIS
Nem com cumplicidade harmonizante,
Ninguém é de ninguém, propriedade;
Ninguém é de um amigo ou de um amante:
Mas sim , é quem manda em sua vontade.
Que em vez duma atitude dominante,
Revele-se o bom senso e hombridade.
Se a inarmonia a dois se processar,
Num ódio, tão austero, quão sincero,
Melhor será, no laço um desatar,
E tudo regressar, à estaca zero.
- Que nas resoluções, um adiar,
Pode agravar um clima - já austero... -
Por verdadeiro afeto que se encene
Num passional e empático discurso,
Poucos crêem, o amor, graça perene,
Achando o endeusá-la, mau recurso;
Antes, que orre em veias e é um “gene”,
Espalhando ilusão, no seu percurso…
2008
Sem comentários:
Enviar um comentário