CAMILO, “CISNE “ CEGO
Esse vaticínio de não mais veres a luz de aurora,
Tornara tão imensurável a tua já grande desilusão,
Que de pronto, mandaste todas as boas musas, embora
Achando só numa: a da morte, tua amiga de eleição
Chamaste-a a ti, dialogaste com essa maldita
Esse negra e agoirenta musa da má sorte
Essa megera, má conselheira, a da desdita
A que te ensinou, “cisne” cego, o errado norte...
Seguirias então o seu conselho, com grande apego
E nesse teu temporal direito, de grande inspiração
Um tiro daria fim a todo o desespero de teu ego...
Mataste-te e também tuas narrativas em embrião
Aquelas que um dia idealizaras, oh “cisne” cego
Agarrado à esperança, como a tábua de salvação!
Esse vaticínio de não mais veres a luz de aurora,
Tornara tão imensurável a tua já grande desilusão,
Que de pronto, mandaste todas as boas musas, embora
Achando só numa: a da morte, tua amiga de eleição
Chamaste-a a ti, dialogaste com essa maldita
Esse negra e agoirenta musa da má sorte
Essa megera, má conselheira, a da desdita
A que te ensinou, “cisne” cego, o errado norte...
Seguirias então o seu conselho, com grande apego
E nesse teu temporal direito, de grande inspiração
Um tiro daria fim a todo o desespero de teu ego...
Mataste-te e também tuas narrativas em embrião
Aquelas que um dia idealizaras, oh “cisne” cego
Agarrado à esperança, como a tábua de salvação!
1991/01/09
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