DESEJO PUERIL
Se vejo o mar, em plena calmaria,
Tendo em si ancorado, algum barquinho,
Imagino, o prazer que eu fruiria,
Aqundo bem petiz, no meu bercinho!
E p’ra bem melhor, poder avaliar
Belo retalho assim, do meu passado,
Seria se acabasse por entrar,
Nesse barquinho, então bem ancorado.
Que o mar nessa maré de calmaria
Cantar-me-ia, em tom doce e bem baixinho
E creio que também embalar-me-ia,
Como pai ternurento e de mansinho!
E talvez mesmo até seu embalar,
Me fizesse dormir com bom sorrir;
Mas será que ele ir-me-ia despertar
bem antes da maré querer subir?
Ou será que dar-me-ia um acordar,
Ante uma sua amiga assaz devota,
Com o seu próprio canto ou seu chorar,
De empenhada e frenética gaivota?
Por isso, só a dúvida é o meu ai,
Vetando-me de ao mar, poder dizer:
- Que jeitinho que tens, meu "doce pai"
P’ra me embalar e eu adormecer!
Tendo em si ancorado, algum barquinho,
Imagino, o prazer que eu fruiria,
Aqundo bem petiz, no meu bercinho!
E p’ra bem melhor, poder avaliar
Belo retalho assim, do meu passado,
Seria se acabasse por entrar,
Nesse barquinho, então bem ancorado.
Que o mar nessa maré de calmaria
Cantar-me-ia, em tom doce e bem baixinho
E creio que também embalar-me-ia,
Como pai ternurento e de mansinho!
E talvez mesmo até seu embalar,
Me fizesse dormir com bom sorrir;
Mas será que ele ir-me-ia despertar
bem antes da maré querer subir?
Ou será que dar-me-ia um acordar,
Ante uma sua amiga assaz devota,
Com o seu próprio canto ou seu chorar,
De empenhada e frenética gaivota?
Por isso, só a dúvida é o meu ai,
Vetando-me de ao mar, poder dizer:
- Que jeitinho que tens, meu "doce pai"
P’ra me embalar e eu adormecer!
Póvoa do Varzim - 1989
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