RASGOS DE TRADIÇÂO
Volta Maria, do pomar, de abada cheia,
(Ante risonha, perspectiva, que a abona)
– Que ricas merendas, que fins de almoço e ceia –
Quem não se renderá às graças de Pomona?*
E para os marmelos, outro rumo, a norteia:
– Que soberba de fruta, até mesmo na tona –
Ela a virará, em marmelada e geleia,
Maria e peneira, irão andar, numa fona!
Que orgulhosa, que ficará, depois Maria!
Que belas cores, nos peitoris, das janelas!
Que bom o solzinho, curando a doçaria!
E até abelhas (gulosas como são elas)
Viverão seus momentos, de grande alegria,
Sugando o papel vegetal, dessas tigelas!
Volta Maria, do pomar, de abada cheia,
(Ante risonha, perspectiva, que a abona)
– Que ricas merendas, que fins de almoço e ceia –
Quem não se renderá às graças de Pomona?*
E para os marmelos, outro rumo, a norteia:
– Que soberba de fruta, até mesmo na tona –
Ela a virará, em marmelada e geleia,
Maria e peneira, irão andar, numa fona!
Que orgulhosa, que ficará, depois Maria!
Que belas cores, nos peitoris, das janelas!
Que bom o solzinho, curando a doçaria!
E até abelhas (gulosas como são elas)
Viverão seus momentos, de grande alegria,
Sugando o papel vegetal, dessas tigelas!
1991
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