terça-feira, 31 de agosto de 2010

CLAMOR A ZÉFIRO - Do livro: (a editar) "ENTRE O ANTO E O ACANTO"

(Após um regresso de férias)
CLAMOR A ZÉFIRO *


Já abri as janelas todas do meu lar,
Atida a ti, que tanto me adusta o Verão;
Vem Zéfiro*,  o meu rosto, hoje bem refrescar,
E fazer minha saia, parecer balão.

Vem a teu modo, meus cabelos desgrenhar,
E sussurrar-me os mandamentos de Platão;
Irás ser  causador, do meu mais casto airar,
E do cachondo olhar meu, a grande razão.

Tenho-te procurado junto ao mar e rios,
Num  grande entusiasmo e afinal dado em vão...
Vem pôr este meu corpo, todo em calafrios;

Amaina ao estival sol, sua adustação,
Que ele até me provoca, quentes arrepios.
Vá lá, vem até mim, querida viração!

* Aura frescamente agradável

1990

Sem comentários:

Enviar um comentário