
CULTO A SÃO MARTINHO
Se souberdes de ateada fogueira,
Com castanhas de boa qualidade,
E ao lado, vinho de óptima parreira,
Chamai-me, que não é cedo, nem tarde!
Eu quero ver, um rosto coradinho,
Saltando, sob essa fogueira, que arde;
Em veneração pelo São Martinho,
Nesse popular sarau de amizade!
Ver chegar-se moça livre – solteira,
P’rà chama que se está a levantar;
E colocar-se moço livre à beira,
P’ra quando alguma castanha saltar!
Testemunhar, ela a pular de susto,
Com os braços do moço a ampararem;
E calcular louvores ao magusto,
Aquando seus olhares se trocarem…
E numa mão castanhas desbulhadas,
P’ra noutra, a caneca do vinho então,
Ao bom fado ou às boas desgarradas,
Nosso bom povo, não dirá que não!
Uns a cantar, outros a fruir o gozo,
Desse animado desafio ou fado,
Tornarão o magusto mais gostoso!
O São Martinho muito mais honrado!
E (devido a alguma pimenta ou sal,
Lançados no fado ou nas desgarradas)
Dotar-se-ão de mais um gosto, afinal:
O de soltar, sadias gargalhadas!
Assim (com roda viva de gente
Expondo um indubitável prazer)
O velho, será novo, certamente,
Que o magusto, faz rejuvenescer!
E (ante fumaça ou cinza que ‘inda resta)
Dirão: até ao ano, o velho e o novo;
Personagens, desta popular festa,
Que é parte cultural, do nosso povo!
1991
Se souberdes de ateada fogueira,
Com castanhas de boa qualidade,
E ao lado, vinho de óptima parreira,
Chamai-me, que não é cedo, nem tarde!
Eu quero ver, um rosto coradinho,
Saltando, sob essa fogueira, que arde;
Em veneração pelo São Martinho,
Nesse popular sarau de amizade!
Ver chegar-se moça livre – solteira,
P’rà chama que se está a levantar;
E colocar-se moço livre à beira,
P’ra quando alguma castanha saltar!
Testemunhar, ela a pular de susto,
Com os braços do moço a ampararem;
E calcular louvores ao magusto,
Aquando seus olhares se trocarem…
E numa mão castanhas desbulhadas,
P’ra noutra, a caneca do vinho então,
Ao bom fado ou às boas desgarradas,
Nosso bom povo, não dirá que não!
Uns a cantar, outros a fruir o gozo,
Desse animado desafio ou fado,
Tornarão o magusto mais gostoso!
O São Martinho muito mais honrado!
E (devido a alguma pimenta ou sal,
Lançados no fado ou nas desgarradas)
Dotar-se-ão de mais um gosto, afinal:
O de soltar, sadias gargalhadas!
Assim (com roda viva de gente
Expondo um indubitável prazer)
O velho, será novo, certamente,
Que o magusto, faz rejuvenescer!
E (ante fumaça ou cinza que ‘inda resta)
Dirão: até ao ano, o velho e o novo;
Personagens, desta popular festa,
Que é parte cultural, do nosso povo!
1991
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