Faz um babado moço, sua ronda,
Deslumbrado co'o rosto e a curvatura,
Duma moça, com sorriso à Gioconda,
E solta cabeleira, em cor escura.
Mesmo que às vezes dele, ela se esconda,
Ou com raspanete lhe cause agrura,
Ele permanece entre a ronda e a sonda,
Com versos, a roçar mesmo a loucura!
E mais que da bela, o enigma intenso,
Fomentar nele, um carnal pecadilho,
Muitas vezes, altera-lhe o bom senso;
Que aos mais lascivos versos, em chorrilho,
Induz seu sorriso – entre o leve e o denso,
No incontido e sensual “poeta-andarilho”!
2009
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