ENTRE MAR E LAGOA
Não quero de ventura, ter um mar,
Mas antes pequeníssima lagoa,
Que meu coração, é uma canoa,
E quer em calmaria navegar...
Aos remos, confiante se apegar,
Remando ao ritmo certo, numa boa;
E em turvas águas, nunca, nem à-toa
Mas nas que dê p'ra o fundo vislumbrar.
Não pretendo a canoagem, por desporto,
Mas um calmo remar, até bom porto,
E sem p’ra trás olhar; sem porfiar;
Que se quem certo rema, porto alcança,
Sendo em lagoa assim, de tal bonança
É melhor de que em mar – com encrespar...
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