OH CAMÉLIAS BRANCAS…
Atravesso de minha terra, o coração,
Ante Inverno, displicente e contagiante;
Será que meu intuito, é querer honrar, Dante,
Levada, por um certo nume, de antemão?
Olho árvores, com a dolência, por condão…
E sem ave alguma, que me pipile ou cante;
Mas eu, por ser, da natureza, grande amante,
Vibro com ternos e alvos “trapinhos”, no chão…
São algumas camélias brancas, que caíram,
E que a marcas de desamor ‘stão destinadas,
Como tristes donzelas, sufocando ais…
Em angelicais sonhos, tanto se iludiram,
P’ra acabarem, sendo pisadas e olvidadas,
Como laivosos e inúteis trapos banais!...
1982
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