sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

FEVEREIRO ( Continuação)

E ante tal métrica, com rigor,
(Desse arco-íris tão belo e risonho)
E co’as cores que Deus escolheu,
Se inspirará poeta ou pintor,
Adorando, essa visão de sonho!
Esse “abraço”, tão aberto, ao céu!

“Abraço”, que dará outro espanto,
Àquele amante do soalheiro,
Que não seja sagaz previdente:
Sentirá, enorme desencanto,
Vendo cair em si um chuveiro,
E o desiludindo certamente…

Mas, neste mês, são bem desejadas,
Fartas e persistentes chuvinhas,
Porque trazem, benfazejos fins:
As medranças, serão comprovadas,
Nos campos, nos pomares e vinhas,
Nos quintais, relvados e jardins!

Irão depois colheitas ser fartas,
Devido a esse tão rico alimento;
Alimento, que é amor e ternura,
Tornando-nos criaturas gratas
Perante o enorme contentamento,
De vermos nos celeiros fartura!

Não esqueceremos o Fevereiro,
E – com grande reconhecimento –
Ao Céu, daremos nosso louvor;
Chamando a esse mês o mensageiro,
É que as chuvas, com o seu evento,
Foram do Pai, só provas de amor!

1974

FIM

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