sexta-feira, 25 de março de 2011


E desse belo amor-perfeito,
– Com o requinte do veludo –
Diz nossa alma, dentro, ao peito:
– Quem tem um amor, tem tudo!

O sorriso e o charme da rosa,
Mais o seu pé de acantos sérios,
São lema, para muita prosa,
De grande lirismo e mistérios...

E se um homem provar quiser,
Que uma mulher lhe é querida,
Se uma rosa lhe oferecer,
Sua missão está cumprida.

Tenha a cor, que o cravo tiver,
É presença de altivez;
Mas se for rubro, dá p’ra ver,
Ser Marco de “Abril, português”

E p´ra essa flor nobre e bela,
Um gesto é bonito e viril:
Sua postura, na lapela,
Cada “vinte e cindo de Abril”!

O lírio, branco ou lilás,
Quando aberto, lembra paixão,
Lembra aquele amor que é capaz,
De sorrir ao dar seu perdão

E como prova de candura,
O lírio branco, é frequente,
Pela noiva que no altar – pura –
Olhará para Deus, de frente.

IV

Quando em botão as flores,
Amam e também são amadas,
E abrindo, ante ternos calores,
Do sol – que as põe tão mimadas.

E para elas, dá o jardim,
O seu regaço, por consolo;
Por tal, quando sentem o fim,
Vão caindo em paz, no seu “colo”!
1979
FIM

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