QUANDO NO MAR O SOL AJOELHA
Quando já fatigado por demais,
Começa o sol na barra a ajoelhar,
De pronto o rouxinol, põe-se a soltar,
Os seus belos acordes musicais.
As suas notas - tão especiais,
Dum castiço e dolente, solfejar;
E a muda noite, faz amplificar,
O eco do trinado, entre os matagais.
Nessa altura, adormece a cotovia,
Tendo cumprido, o seu canto de dia,
P’ra que o rouxinol, de noite o faça;
E há mesmo muito poeta, que garante,
Que uma ave, que só de noite cante,
É com mais misticismo, garra e raça!
2010
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