A BATALHA SANTA DO LAGAR
Oh estação bizarra, em delírio me abandono!
Porque teu doce carisma, é de “inebriar”
Mas o que nele, mais me maravilha, Outono,
É sempre, essa batalha santa do lagar!
Ledos soldados, co’a coragem por abono!
Marcando seu passo, a marchar, sempre a marchar;
E, por vezes, correndo a pontapé o sono,
Em prol da glória, de seu árduo batalhar!
Pés-à-obra, com calças arregaçadas,
Cada uva, é um mudo tirinho a estalar,
Porque o cala o “ sangue”, doutras já vitimadas….
Beber desse “sangue”, será grande bonança!
E saber que algum dele, ocupará – no altar –
O cálice da nova e eterna aliança!
1989
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